
Seria um dia normal se ao fim dele não houvessem gritos de uma pessoa enfurecida que só queria culpar alguém por tudo aquilo que estava acontecendo. E adivinha quem ela escolheu? Pois é, eu mesma. E pra ser sincera eu também tinha uma vontade devastadora de gritar, mas algo me impedia de tal insanidade.
Ela não conseguia entender que eu não passo de uma adolescente rebelde e sem nada na cabeça, que precisa de cuidados e carinho. Naquela hora ela queria me crucificar, mas não por eu ter feito algo de errado, eu nem sabia o que estava acontecendo.
Mas ao telefone alguém me acalmava, me dizendo para não temer e não gritar, que aquilo tudo era só um pesadelo e logo logo iria passar.
E as lágrimas rolavam pelo rosto pálido e eu precisava de uma superfície plana na qual pudesse me apoiar. Mas apesar de voz que me acalmava e me passava confiança, eu não podia dizer nada que estava acontecendo, os gritos agora eram num tom interrogativo, difíceis demais de se assimilar. A minha cabeça doia tanto, que até agora não entendo como pude suportar.
Então o silêncio veio, e a mesma voz que me acalmara, fez ela se calar, e no lugar dos gritos vieram as lágrimas ainda mais preocupantes, e foi nesse exato momento que eu percebi, que não estava nada bem.
E ouve um suspiro, e um abraço, e por um segundo como raros eu me senti amada, e a tempestade passou.
Não está tudo bem!
Frase: Acima das nuvens sempre tem um céu azul.
Música: Sem trilha sonora adaptável.
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