quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vítima de mim mesma


Seria um dia normal se ao fim dele não houvessem gritos de uma pessoa enfurecida que só queria culpar alguém por tudo aquilo que estava acontecendo. E adivinha quem ela escolheu? Pois é, eu mesma. E pra ser sincera eu também tinha uma vontade devastadora de gritar, mas algo me impedia de tal insanidade.
Ela não conseguia entender que eu não passo de uma adolescente rebelde e sem nada na cabeça, que precisa de cuidados e carinho. Naquela hora ela queria me crucificar, mas não por eu ter feito algo de errado, eu nem sabia o que estava acontecendo.
Mas ao telefone alguém me acalmava, me dizendo para não temer e não gritar, que aquilo tudo era só um pesadelo e logo logo iria passar.
E as lágrimas rolavam pelo rosto pálido e eu precisava de uma superfície plana na qual pudesse me apoiar. Mas apesar de voz que me acalmava e me passava confiança, eu não podia dizer nada que estava acontecendo, os gritos agora eram num tom interrogativo, difíceis demais de se assimilar. A minha cabeça doia tanto, que até agora não entendo como pude suportar.
Então o silêncio veio, e a mesma voz que me acalmara, fez ela se calar, e no lugar dos gritos vieram as lágrimas ainda mais preocupantes, e foi nesse exato momento que eu percebi, que não estava nada bem.
E ouve um suspiro, e um abraço, e por um segundo como raros eu me senti amada, e a tempestade passou.
Não está tudo bem!

Frase: Acima das nuvens sempre tem um céu azul.
Música: Sem trilha sonora adaptável.

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